quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A dependência em jogos eletrônicos


A cada dia que passa é maior o tempo que de crianças, adolescentes e adultos, passam em frente ao computador jogando. Psicólogos alemãs da, Charité University Hospital Berlin, apresentaram estudos que mostra que a dependência de jogos virtuais, é semelhante às causadas pelo vicio de bebidas e drogas como a maconha.
Compulsão por computadores pode até causar síndrome de abstinência.
Crianças e adolescentes que permanecem horas diante do computador jogando ou conversando em sistemas de mensagem online podem ser dependentes eletrônicos. Por isso, a Santa Casa de Misericórdia do Rio decidiu abrir um ambulatório para tratar de jovens que sofrem desse tipo de compulsão. O serviço começa a funcionar no próximo mês. "É algo tão grave quanto adultos viciados em jogo ou em álcool", diz Fábio Barbirato, de 40 anos, chefe da psiquiatria da Santa Casa do Rio. Segundo ele, há casos de jovens que chegam a roubar dinheiro para ir a lan house.
Em São Paulo, o Hospital das Clínicas acompanha jovens e adultos viciados em internet desde 2006. E a PUC-SP criou em 1998 um serviço de orientação psicológica via e-mail que ajuda viciados em internet de todo o País.
Segundo especialistas do HC, pessoas que se encaixem em pelo menos cinco dos oito itens abaixo devem procurar ajuda psicológica porque podem estar fazendo uso abusivo da internet. São eles:
- Preocupação excessiva com a internet
- Necessidade de aumentar o tempo online para ter a mesma satisfação
- Ter de fazer esforços para diminuir o tempo de uso da internet
- Apresentar irritabilidade e/ou depressão
- Apresentar instabilidade emocional quando o uso da internet é restrito
- Permanecer mais tempo conectado do que o programado
- Ter o trabalho e as relações familiares e sociais em risco pelo uso excessivo
- Mentir para os outros a respeito da quantidade de horas conectadas
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Síndrome de abstinência, angústia, ansiedade.Os sintomas, na maioria das vezes associados às drogas,são exatamente os mesmos apresentados por quem é viciado em videogames, ou “vício-games”, como alguns jovens já apelidaram na internet.

“Alguns jovens viciados em videogames chegam a roubar dinheiro dos pais para ir em uma lan house, igual ao que fazem alguns dependentes químicos para comprar drogas”, ressalta o psiquiatra da infância e adolescência Fábio Barbirato, chefe do Setor Infantil da Psiquiatria da Santa Casa de Misericórdia. O localvai começar a atender adolescentes viciados em games a partir de março.
“A compulsão dos jovens por jogos eletrônicos é muito parecida com a compulsão por drogas ou álcool, ou com a compulsão dos adultos por pôquer ou apostas no jóquei, ou dos idosos por bingos”, compara Barbirato.

De acordo com o médico, o maior problema no caso de jovens viciados em jogos eletrônicos é a dificuldade dos pais em identificar e lidar com o problema. “É uma coisa muito nova e as famílias não conseguem perceber com facilidade. Falta um referencial. Como os pais vão dar limites e o exemplo aos filhos se eles não foram criados com computadores e videogames?”, questiona Barbirato.
Segundo ele, muitos pais deixam os filhos entretidos nas máquinas para terem um momento de folga, de alívio.


Jovens já ficaram mais de 24h jogando
Um estudo da Academia de Pediatria dos Estados Unidos recomenda que os jovens não fiquem mais de duas horas por dia utilizando computadores ou videogames para fins recreativos. Entretanto, Barbirato cita casos em que adolescentes e crianças ficaram quase 24 horas jogando, ou passaram as férias inteiras na casa de praia sem sair da frente do monitor.
“Em casos diagnosticados de compulsão, a criança diminui a tolerância em ficar distante dos jogos eletrônicos. Ela quer jogar cada vez mais”, explica o médico.
Nesses casos, a criança pode ficar sedentária e desenvolver doenças como diabetes e obesidade, além de ser comum o afastamento dos amigos e dos estudos.

Para o psiquiatra a atuação dos pais é fundamental, pois “eles têm um papel limitador no uso do computador e do videogame pelos filhos”. E para ajudar pais e filhos a tratar da compulsão em jogos eletrônicos, a Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro abriu 50 vagas para jovens de 12 a 16 anos.
A triagem já começou e o tratamento terá início em março. Os interessados devem ligar para 2221-4896 ou 2533-0118, das 14 às 18h. A Santa Casa de Misericórdia fica na Rua Santa Luzia, 206, no Castelo.


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http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,hospitais-tratam-vicio-em-jogo-eletronico,511573,0.htm

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